São 17(!) dicas a ter em conta para remodelar uma casa de banho
Sabemos que remodelar a casa de banho não traz consigo o mesmo “prazer” que remodelar a cozinha.
E porque será?
Duas palavras apenas: desejo e obrigação!
A cozinha é, na maioria dos casos, a primeira a ser remodelada – mesmo que os restantes compartimentos não o sejam – apenas pelo desejo de melhorar a sua funcionalidade e/ou estética.
Já a casa de banho, quando não faz parte de uma remodelação geral, é uma obrigação para solucionar um problema que entretanto surgiu.
E entre o desejo e a obrigação…..
Mas vamos às dicas…
1. Ponderar e preparar
A decisão de remodelar a casa de de banho requer ponderação para obter o resultado pretendido e evitar surpresas e gastos desnecessários ou em vão.
Requer também, a necessidade de definir um valor máximo disponível, sem esquecer uma verba de reserva para imprevistos durante a obra.
Se o motivo da obra for uma causa (problemas na tubagem, por exemplo), ela vai definir o tipo de intervenção necessária e o grau de urgência na sua reparação.
2. A causa: águas e esgotos?
Se tem um problema no abastecimento de água ou no esgoto num dos equipamentos sanitários, pense se fará sentido substituir toda a rede, prevenindo um problema idêntico no futuro, num outro equipamento.
Aqui, é importante ser aconselhado por técnicos especializados que lhe possam apresentar os diversos sistemas e tipo de tubagem existentes no mercado, as suas vantagens e desvantagens e a relação qualidade/durabilidade/preço.
Se não apresentarem, questione-os e peça para o fazerem. Não decida apenas com base numa proposta com uma única opção.
Lembre-se que, na reparação da rede de esgotos vai danificar o pavimento, o que implica a sua reparação pontual ou substituição integral.
O mesmo pode suceder para a reparação do abastecimento de água, em que a intervenção poderá ser no pavimento, nas paredes ou em ambos.
Nas duas situações, se os revestimentos em causa forem relativamente recentes pode eventualmente encontrar material igual, caso contrário terá de fazer uma substituição integral.
3. Apenas estética?
Se o motivo, for apenas uma questão estética porque já não “aguenta” aquele revestimento ou aquele equipamento sanitário, pense na possibilidade de realizar uma intervenção mais abrangente.
Se neste momento o seu orçamento não o comportar, então pense em adiar a obra e faça tudo numa única vez. Poupa dinheiro e incómodo.
4. Louças sanitárias – suspensas ou não?
A substituição das redes, pode ser uma oportunidade para renovar as peças sanitárias e, neste caso, pode optar pelas de fixação no pavimento ou suspensas.
Estas últimas, tem atraído cada vez mais as pessoas quando pensam em remodelar a casa de banho, principalmente pela facilidade de limpeza.
No entanto, há dois factores a considerar na decisão e com reflexo no orçamento.
Se a parede onde vão ser instaladas as peças não tiver espessura suficiente para receber a estrutura de suporte, terá de ser construída uma segunda parede, ainda que apenas necessite de 1,30m de altura.
Esta opção requer também, a substituição dos revestimentos do pavimento e da parede.
5. Banheira por duche?
Substituir a banheira por uma base de chuveiro, é também uma das principais razões que levam as pessoas a remodelar a casa de banho.
Sendo inevitável a colocação de um material de revestimento nas áreas das paredes ocupadas pela banheira e eventualmente no pavimento (consoante as dimensões), esta pode não se limitar a estas áreas, se já não existir no mercado material igual.
Também nas bases de chuveiro há várias opções, desde o tamanho, o tipo de material, a estética e a funcionalidade.
Talvez ache estranho falarmos em funcionalidade, mas se pensar que a acessibilidade pode condicionar a sua utilização por pessoas com dificuldades de mobilidade, talvez não seja tão estranho assim.
Esolher uma base chuveiro com 12cm ou 3cm de altura ou uma solução ao nível do pavimento, pode fazer toda a diferença na sua utilização, tal com o formato e as dimensões.
Quanto a materiais existem tradicionalmente dois tipos: as cerâmicas e as acrílicas, com uma variedade enorme de dimensões e de soluções estéticas.
As primeiras são mais resistentes mas mais caras. As segundas, mais económicas, têm a desvantagem do…barulho da água a bater no acrílico! Lembra-se dos banhos dos hotéis?
Em alternativa, pode simplesmente optar… por nehuma delas!
E aqui, temos os extremos em termos de custos, a solução mais cara e a mais económica de todas.
A primeira é em pedra natural, a segunda é um rebaixo no pavimento (+/- 2cm), revestido com o mesmo cerâmico mas com acabamento anti-derrapante.
Pode ainda ter um acabamento em micro-cimento com diversas colorações, mais utilizado em ambientes contemporâneos.
6. Só banheira..
Se vai substituir a banheira por banheira, opte por dimensões iguais para evitar a substituição dos revestimentos do pavimento e das paredes.
Muito importante, é considerar sempre o reforço da impermeabilização da área da banheira ou da base de chuveiro, evitando surpresas com uma futura reparação e despesa.
7. Só paredes e chão – agora ou depois?
Se o motivo da obra for apenas a substituição dos revestimentos, averigue se a idade e o tipo de tubagem não implicará a sua substituição num futuro próximo.
Se for o caso, e se o acréscimo no orçamento ultrapassar o valor que tem disponível, o mais sensato é adiar a obra.
contacte-nos8. Nos revestimentos da casa de banho só há um limite: o seu!
A escolha de um material de revestimento para as paredes e chão, assenta básicamente em dois factores: o gosto pessoal e o preço.
No caso do pavimento, há uma condicionante que limita a sua escolha: a espessura. Esta não pode ser superior à do revestimento existente.
Assegure-se que o orçamento contempla a impermeabilização do pavimento sob o revestimento e dobrando no mínimo 20cm para as paredes e 2m na zona do chuveiro.
9. Lavatório – todos iguais, todos diferentes!
O lavatório é, depois das banheiras, o equipamento que as pessoas mais substituem, principalmente se ainda é com coluna.
Tal como nos revestimentos, o gosto pessoal e o preço são os principais factores de escolha.
Sendo sempre em material cerâmico, existem vários tipos: os de embutir, os de encastrar e os de pousar, todos com formas e dimensões muito variadas.
Uma tendência actual, é a utilização da cor, num regresso aos anos 80!
Qualquer que seja a opção, é sempre necessário a colocação de um tampo que poderá ou não, ser parte integrante de um armário.
Pense na possibilidade de colocar dois lavatórios, se tiver espaço e se será funcional para si e para a sua Família.
Os de coluna, são usados habitualmente para substituir um outro do mesmo tipo, ou em renovações de ambientes clássicos com design de época.
10. Cada torneira no seu… lavatório
Se para poupar algum dinheiro não quer substituir as torneiras porque ainda estão em boas condições, lembre-se que o tipo de lavatório que vai colocar tem de ser adequado ao tipo de torneira.
Caso contrário tem mesmo de acrescentar esse custo ao orçamento.
Tal como em tudo o resto, também nas torneiras há uma infinidade de modelos com base em dois tipos: monocomando e misturadora com dois manípulos.
No caso das torneiras monocomando para banheiras e bases de chuveiro, pode optar pelas termostáticas, que permitem regular e manter a mesma temperatura da água.
Novidade, é a tendência para o acabamento, que agora não se limita ao cromado.
O dourado, o latão, o bronze e até o preto, passando peas cores primárias, é tudo uma questão de gosto e de…preço!
Sobre torneiras, leia o artigo: “torneiras há muitas…”
11. Lavatório: sózinho, ou bem acompanhado…
Se vai colocar um lavatório novo que não seja de coluna, vai precisar de um tampo e vai querer aproveitar para colocar uma armário.
E um armário pode ter um peso significativo no orçamento, pelo que deve pensar qual será a sua utilidade. Provávelmente, uma prateleira pode ser suficiente!
Seja um armário ou apenas uma prateleira, a madeira é a mais utilizada, mas esta deve ser resistente à água, tal como o verniz, a pintura ou a melamina.
O tampo para o lavatório pode ser também em madeira, em pedra natural, ou em betão revestido com cerâmico ou com micro-cimento, que permite diversas colorações.
Sobre as madeiras, saiba mais com as nossas fichas técnicas de carpintaria.
12. O resguardo
O resguardo para banheira ou para duche representa habitualmente, consoante o tipo, um custo elevado no orçamento para remodelar a casa de banho.
Se já tem um, veja se dá para reutilizar. Se ainda tem a “velha” e eficaz cortina verifique se o preço a pagar pelo resguardo significa que o seu orçamento pode ir para além da sua previsão.
Pode sempre adiar a sua compra, porque é possível colocá-lo mais tarde.
13. Esquecida mas importante na casa de banho : a ventilação
A ventilação, habitualmente esquecida, é da maior importância para o conforto do espaço e para evitar as manchas de condensação tão desagradáveis.
Nas casas de banho é obrigatório ter uma grelha de ventilação, com excepção das que têm janela, ainda que seja conveniente ter uma.
Mas para que seja minimamente eficiente, verifique o estado da grelha e se será necessária a sua substituição.
Se vai fazer uma remodelação profunda, então substitua a grelha por um ventilador eléctrico, com interruptor independente ou ligado ao da iluminação.
Não a considere como extra, mas como obrigatória na relação dos trabalhos a fazer, pois tem uma excelente relação custo/benefício.
14. E, já agora…a iluminação
Já que falamos na intervenção de um electricista, pense também na iluminação. Se a que tem é suficiente, se e onde, necessita de mais luz.
Se a considerar insuficiente e se a simples substituição da luminária que tem não resolve, então tem de pensar na instalação de um… tecto falso.
Este tem a vantagem de permitir a distribuição da luz por onde ela é mais necessária e a oportunidade de mudar para um tipo de iluminação com menor consumo energético.
Lembre-se também da tomada para um secador de cabelo ou da máquina de barbear. Se optou por dois lavatórios, opte também por duas tomadas.
Sobre iluminação, leia o artigo: “iluminação em casa”
15. A casa de banho, se for aquecida…melhor!
Se a ventilação, a iluminação e o tecto falso contribuem para o conforto, o aquecimento não pode ser esquecido.
Tal como a ventilação eléctrica, o aquecimento deve ser equacionado numa remodelação geral, já que requer uma instalação eléctrica.
No entanto, feita a instalação da rede, pode adiar a compra e a instalação dos equipamentos, se esta comprometer o seu orçamento.
Quase “obrigatório”, o toalheiro pode também acumular a função de aquecimento do ambiente, nos modelos que dispõem de um ventilador integrado.
Para um aquecimento mais eficaz, este deve ser complementado com um radiador.
Ainda que existam no mercado soluções económicas de termoventiladores, lembre-se que nem todos são seguros para serem utilizados em ambientes húmidos.
Outra opção, bastante confortável mas mais cara, é o sistema de pavimento radiante, não sendo no entanto aconselhável para um chão revestido a madeira.
Sobre o pavimento radiante, lei o o artigo: “climatização III”
16. Usar e limpar para durar…
A durabilidade e facilidade de limpeza dos equipamentos, e dos revestimentos, são duas características muito importantes na sua escolha, assim como para o tipo de tampo para o balcão (se for o caso) e do acabamento dos armários.
17. Como controlar esta carga de trabalhos?
A decisão final e decisiva é se vai assumir o planeamento, a coordenação, a gestão e o controlo da obra,
Em alternativa, pode recorrer a uma equipa profissional multidisciplinar com conhecimento e experiência para o aconselhar e que seja responsável por todo o processo, desde a elaboração do projecto até à entrega final e, depois dela, pela garantia da execução.
Leia no nosso blog, o Guia para escolher um empreiteiro.
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