Electricidade e outras especialidades
O electricista, será o profissional em obra que, ao longo do tempo, mais se especializou em diferentes segmentos, para além das tradicionais redes de alta e baixa tensão.
Note, que aqui só abordaremos a actividade do electricista no âmbito da construção residencial, pois existem muitas outras, como a construção industrial ou naval.
A “simples” instalação eléctrica, é agora acompanhada pelas áreas mais tecnológicas ligadas às redes de telecomunicações e aos sistemas de automatização, vulgarmente designada por domótica.
As competências
A constante evolução tecnológica, traz novas competências e novas certificações, factor que deve determinar, consoante o nível de complexidade da obra, a escolha do profissional.
O conhecimento técnico e a capacidade de interpretar os desenhos e esquemas eléctricos que integram os diversos projectos, são fundamentais para o normal desenvolvimento da obra e para o resultado final da mesma.
Lembre-se, que a instalação de todas as infra-estruturas está sujeita a vistoria e certificação pelas entidades competentes, pelo que o instalador tem de estar certificado.
Em muitas situações, ele é inclusivamente o responsável pela elaboração e submissão para aprovação das fichas ITED (Infraestruturas de Telecomunicações Em Edifícios).
Os momentos
Tal como outros profissionais, como o trolha ou o canalizador/picheleiro (objecto de 2 artigos neste blog), também o electricista entra na obra em fases distintas.
Na primeira intervenção, ainda com a obra em tosco, o electricista faz a marcação de todas as redes, para a abertura dos roços.
Abertos os roços, o electricista regressa à obra para instalação da tubagem flexível e de todas as caixas que ficarão embebidas nas paredes ou pavimentos.
Não há duas… sem três
Numa terceira intervenção, já com os roços tapados, paredes e pavimentos revestidos, é a fase da passagem dos cabos pela tubagem, das suas ligações, e instalação dos equipamentos.
Estes, tanto serão os dispositivos de manobra (interruptores) como, as tomadas, as caixas de distribuição, o quadro eléctrico, o sistema de climatização ou de aquecimento de águas.
Outros equipamentos, serão também aqueles que usam a electricidade como fonte de energia, como bombas de água em cisternas ou furos de água.
O electricista executa, e é também reponsável, pela instalação de uma outra rede bem específica: a iluminação de emergência nas zonas comuns de um edifício.
A excepção
A excepção à regra, é aqui aplicada à construção com paredes em gesso cartonado.
Neste tipo de construção, é desnecessária a intervenção para marcação das redes, já que a tubagem é instalada entre a estrutura metálica das paredes.
Por esta razão, o electricista intervém apenas duas vezes pela obra.
A particularidade das remodelações
A particularidade, não é mais do que adaptar as redes existentes, para uma nova realidade.
Nas remodelações mais profundas, a experiência do electricista é relevante, requerendo uma “leitura” correcta das redes existentes, quando na maioria das vezes não existe projecto.
As mudanças para a domótica
No final do século passado, as automatizações limitavam-se básicamente ao controlo remoto para accionar o portão de garagem, a um temporizador para ligar e desligar o aquecimento ou um sistema de rega (ainda que não muito comum).
Já o início do novo século, trouxe consigo um conjunto enorme de especializações, muito ligadas às novas tecnologias e designado como: domótica.
E veio acompanhada, por novos profissionais que se especializam nas suas várias vertentes, garantindo mais conhecimento e mais qualidade na execução da obra.
O grau de especialização, implica muitas vezes a necessidade de ter em obra, diferentes equipas de diferentes especialidades.
Esta nova realidade, implica um melhor planeamento da obra e na gestão dos vários intervenientes, para que estes não se “atropelem”.
Em resumo:
O electricista com mais competências, conhecimento e experiência é, tal como os outros profissionais, é aquele que serve para a sua obra.
Mas as qualidades atrás descritas de nada se servem, se o instalador não for qualificado e certificado para instalar determinadas infra-estruturas e/ou equipamentos.
Deve por isso, e antes de entregar a obra a um instalador, de comprovar a existência das certificações obrigatórias, para evitar surpresas desagradáveis no decorrer ou no final de obra.
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