dicas para poupar tempo e dinheiro
Para remodelar a cozinha poupando tempo e dinheiro, é necessário ter em consideração alguns aspectos que contribuem para alcançar esse objectivo.
Poupar no tempo de execução, implica antecipar decisões e escolhas na fase de planeamento/projecto.
Poupar dinheiro, é o resultado dessa antecipação, evitando alterações e consequentes atrasos no decorrer da obra com os custos financeiros daí resultantes.
E não apenas isso! Regra geral, o maior custo e o tempo a mais, são acompanhados por um resultado final aquém das expectativas.
Neste artigo, vai encontrar as dicas necessárias para que possa atingir o objectivo; da organização e funcionalidade, aos materiais e à ventilação.
Com estas dicas, vai poder planear e decidir com tempo e, com isso, fazer melhores escolhas sem a pressão da obra em curso.
1. Ser…realista
A primeira e mais importante de todas quando pensar em remodelar a cozinha – porque lhe vai poupar tempo e…frustações, é ser realista com as dimensões.
As fantásticas imagens dos catálogos ou da publicidade, pouco ou nada podem ter em comum com a sua cozinha!
Deve reflectir ainda, sobre qual o tipo de cozinha que melhor se adapta ao seu dia-a-dia e hábitos familiares.
2. Organização e funcionalidade
A organização do espaço e a localização dos equipamentos são aspectos muitos importantes para remodelar a cozinha, tornando-a mais confortável e funcional.
São vários os tipos de organização possíveis consoante a dimensão e a forma do espaço, o que por si só define a localização dos equipamentos.
Estes, devem estar posicionados com base na seguinte lógica de utilização: refrigeração / corte e lavagem / preparação e confecção dos alimentos.
- Em linha: o mais usual e mais simples para cozinhas pequenas que, tal como o nome indica, desenvolve-se num único balcão ao longo da parede.
Neste caso, o fogão e o forno devem no estar no extremo oposto ao frigorífico com espaço livre entre eles e o lava-louça (ao centro).
- Em “L”: para cozinhas de média/grande dimensão, é um balcão com dois lados para funções distintas.
Um lado para armazenamento frio, corte, lavagem (frigorífico e lava-louça) e outro para preparação e confecção dos alimentos (fogão, forno e micro-ondas).
É claro, que a forma do espaço – mais quadrado ou mais rectangular e a localização da conduta de exaustão – podem condicionar esta organização.
- Em “U”: para cozinhas de grandes dimensões, o balcão com 3 lados pode ser organizado de duas formas:
como um balcão em “L” com mais um lado apenas para refeições e apoio
com a área de preparação ao centro, o lava-louça e o frigorífico de um lado e o fogão e forno do outro.
- Com ilha: estão em voga quando se trata de remodelar a cozinha, mas requerem espaço que muitas vezes não há, sendo a única solução, demolir paredes.
A ilha, consoante a sua dimensão, pode ser destinada apenas à confecção de alimentos (com fogão), ou com zona de preparação e lavagem.
Por fim, e para qualquer tipo de cozinha, é essencial seguir algumas prácticas para melhorar o fluxo de trabalho:
- Manter uma distância funcional entre a área de preparação, o lava-louça e o fogão, para facilitar a movimentação
- Organizar os utensílios e os ingredientes de forma lógica e próxima ao local onde serão usados, para evitar movimentos desnecessários.
3. Organizada e funcional, mas. . .
Remodelar a cozinha significa, na maioria dos casos a sua reorganização, implicando por isso a adaptação das redes técnicas: eletricidade, abastecimento de água, esgoto e ventilação.
A alteração da localização dos electrodomésticos por exemplo, obriga ao reposicionamento das tomadas eléctricas e à adaptação da respectiva rede.
Já um novo posicionamento do lava-louça e da máquina de lavar louça, obriga à intervenção nas redes de abastecimento de água fria/quente e de esgoto.
Ao mudar a posição do fogão e consequentemente do exaustor, a eficácia deste deve ser avaliada tendo em conta a localização da conduta de exustão do edifício.
As alterações/adaptações às redes técnicas obrigam à abertura de rasgos, o que implica a substituição dos revestimentos do pavimento e/ou das paredes.
Neste caso, lembre-se que poderá não encontrar no mercado materiais cerâmicos iguais, pelo que terá de substituir a área total do pavimento ou das paredes.
4. Limpar e durar
A durabilidade e facilidade de limpeza dos materiais, são duas características muito importantes na sua escolha, aquando da remodelação duma cozinha, nomeadamente:
- o pavimento: mais sujeito ao desgaste em função da intensidade do uso, é a escolha mais crítica entre os cerâmicos, os laminados de madeira ou outros.
- as paredes: entre os diversos tipo de cerâmicos polidos ou não polidos, as pedras naturais ou materiais compósitos, é a facilidade de limpeza que deve orientar a escolha.
- os armários: devem garantir uma boa resistência à humidade e facilidade de limpeza, como o MDF hidrófugo revestido a melamina, pvc ou com acabamento lacado.
- os tampos: fundamental, é a resistência à água, ao risco e ao calor, sendo a escolha mais comum entre os materiais compósitos e as pedras naturais.
É claro, que o gosto pessoal e o orçamento disponível pesam no momento da escolha, mas nunca desvalorize as principais características dos diferentes materiais.
5. Uma cozinha quer-se. . . iluminada
No meio de tantas escolhas, a iluminação é normalmente esquecida, mas lembre-se que é na cozinha que passa muito do seu tempo, seja para cozinhar seja para as refeições.
A localização, a temperatura da côr mais fria (4000K), o consumo de energia e a luz natural, são pormenores importantes a ter em conta para obter maior conforto e eficiência.
Leia o nosso artigo sobre a “iluminação em casa”
6. Electrodomésticos: numa cozinha, todos contam!
Com a eventual alteração da localização dos electrodomésticos e a necessária adaptação do posicionamento das tomadas, deve aproveitar para acrescentar as que ache necessárias.
Não se esqueça dos pequenos electrodomésticos – como a máquina de café ou a liquificadora – tendo em conta as suas necessidades para uma utilização mais cómoda.
7. Ventilar é preciso
A importância da ventilação é outro aspecto a importante na remodelação da cozinha, para que esta não fique envolta em fumos e em cheiros desagradáveis.
Para além disso, sendo uma zona com mais humidade no ar originado pelo vapor dos cozinhados, pode provocar o aparecimento de manchas de condensação.
8. Um tecto para. . . esconder
Um tecto falso é normalmente utilizado para:
- esconder a conduta de exaustão quando se opta por uma ilha
- quando o pé-direito (a distância entre o chão e o tecto) é muito alto
- como parte da solução de iluminação.
Habitualmente, o tecto falso é construído em placas de gesso cartonado, vulgo “Pladur”, aplicado sobre uma estrutura metálica suspensa.
9. Decidir, pode ser o mais fácil!
A decisão final e decisiva é, se vai assumir o planeamento, a coordenação, a gestão e o controlo da obra, ou se recorre a uma equipa profissional multidisciplinar com conhecimento e experiência para o aconselhar, e que seja responsável por todo o processo, desde a elaboração do projecto até à entrega final e, depois dela, pela garantia da execução.
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