Reconstrução e ampliação de edifício para hotelaria
Projecto.
Rua Cândido dos Reis | Vila Nova de Gaia.
2021.
Este é um projecto para a reconstrução e ampliação de uma casa dos finais do séc. XIX, agora parcialmente em ruínas, para a instalação de uma unidade hoteleira.
Implantada na encosta para o Rio Douro, no Centro Histórico da cidade de Vila Nova de Gaia, esta casa tem por “companhia” próxima, os velhos armazéns do Vinho do Porto que por ali se instalaram desde o séc. XVIII.
Esta versão final do projecto de licenciamento (em fase de apreciação), resulta das várias reuniões da equipa técnica da umseisum com os serviços de urbanismo da Câmara Municipal e da Direcção Regional de Cultura do Norte.
O projecto prevê a reconstrução da casa de dois pisos e a ampliação das águas furtadas, mantendo os elementos arquitectónicos que ainda a caracterizam.
Toda a imagem exterior mantém a linguagem estética do edifício existente, com a limpeza dos granitos e a recuperação ou substituição dos rebocos e das caixilharia em madeira.
Estruturalmente, propõem-se a substituição do sistema tradicional em vigamento de madeira, por um sistema em betão.
A casa, será destinada para a recepção dos clientes, área de refeições e respectiva cozinha de apoio, e oito unidades de alojamento.
Com uma imagem contemporânea, as equipas de arquitectura e de engenharia da umseisum projectaram um edifício que se desenvolve em quatro níveis (um em subsolo), acompanhando os desníveis naturais do terreno.
O projecto propõe um edifício implantado na área envolvente da casa, articulando os vários níveis com os espaços exteriores de lazer, de forma a manter uma volumetria que não retire “presença” ao edifício existente.
Neste edifício serão instalados os compartimentos técnicos (em cave), um spa em doze unidades de alojamento.
No exterior, prevê-se a construção de duas piscinas em cotas distintas e com diferentes dimensões.
De forma a minimizar o impacto do “espelho de água” (tradicionalmente azul) das piscinas, a equipa de arquitectura da umseisum propõe um revestimento cerâmico de cor verde, criando uma maior proximidade visual ao ajardinamento envolvente proposto.
Os restantes espaços exteriores, estão organizados em plataformas que, ora criam zonas de estar, ora são parte integrante da circulação, prevalecendo as zonas ajardinadas e o aproveitamento de muros em pedra de perpianho, conservando o terreno como espaço natural.
É com o mesmo objectivo, que as diferentes coberturas do edifício serão ajardinadas.
A proposta de licenciamento enquadra-se no definido no PDM uma vez que potencia a vertente turística, valorizando o património construído, com recurso a materiais e cores tradicionais nas obras de reabilitação/reconstrução.
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