Conservação e restauro, reabilitação e ampliação
Obra e Estudo de Implantação e Volumetria.
Gaveto da Rua da Lapa e Rua de S. Félix | Lisboa.
2021.
Num edifício de 1915 situado na Freguesia da Estrela, numa das zonas privilegiadas de Lisboa, a intervenção da umseisum ocorre em duas fases distintas no tempo e nos objectivos.
O primeiro (em 2018), é uma intervenção rara de conservação e restauro, com a produção única das peças cerâmicas necessárias para a renovação da fachada principal (Rua da Lapa) e lateral (Rua S. Félix).
A partir das originais, foi feito um molde para a produção de novas peças, num processo supervisionado pela CM Lisboa e pelo IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico), em colaboração com as equipas técnicas da umseisum.
O rejuvenescimento deste velho edifício passou ainda, pela recuperação das caixilharias existentes em madeira e pela conservação e restauro de todos os elementos decorativos em cantaria de calcário, recuperando assim, o brilho de outros tempos.
O segundo (em 2021), é a elaboração de um estudo de ampliação para remate com o edifício contíguo na Rua de S. Félix e desenvolvido por uma das nossas equipas de arquitectura.
Ao edifício primitivo, foi posteriormente “colado ” um corpo sem interesse arquitectónico ou patrimonial no prolongamento da fachada lateral, resultante da transformação dos antigos terraços.
O estudo, em apreciação na CM Lisboa através de um Pedido de Informação Prévia, prevê a demolição desse corpo e a construção de um novo volume no espaço vazio.
O volume proposto, encosta no prédio vizinho com a altura deste e liga ao edifício a preservar, através de um plano da fachada recuado relativamente à Rua de S.Félix.
Ainda que ligados interiormente, este plano recuado permite “isolar” visualmente o edifício primitivo, valorizando os seus elementos patrimoniais e identificando claramente as diferentes linguagens e intervenções na linha do tempo.
Ainda assim, a proposta apresentada prevê a existência de diversos elementos comuns ao edifício que lhe está na origem, como uma faixa em cantaria ao nível dos pisos da rua e uma métrica de vãos que consiga “transpor” a composição do alçado do edifício a preservar para o novo, a construir.
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